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quarta-feira, 11 de março de 2015

“Impeachment é como bomba atômica”, diz Fernando Henrique Cardoso

Foto: Magdalena Gutierrez,Instituto FHC / Divulgação
Foto: Magdalena Gutierrez,Instituto FHC / Divulgação
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal líder do PSDB e, portanto, da oposição, já tem uma posição clara diante da crise: nem apoio ao impeachment nem pacto com o PT. FH disse que o horizonte mais provável é de que o governo “fique cozinhando o galo em fogo brando” nos próximos quatro anos. Mas ressalvou que, em política, “nada é impossível”. E criticou Lula: “Ele quer é acusar. Ele é o bom, nós somos os maus. Então, não há como dialogar com quem não quer dialogar. Como todo brasileiro, (vejo a situação) com muita preocupação. Sem esperança, não vendo uma saída. É um momento bastante sombrio”, diz o ex-presidente sobre a situação atual do país.
FH pondera sobre o impeachment: “Impeachment não é uma coisa desejável e ninguém se propõe a liderar isso. O PT usa o impeachment para dizer que o PSDB quer, mas não é verdade. Impeachment é como bomba atômica, é para dissuadir, não para usar. Eu não posso dizer que seja impossível, porque as coisas não são assim em política. Mas o horizonte mais provável não é que vá para esse lado”. Sobre o panelaço de domingo e a manifestação de 15 de março, Fernando Henrique acredita que o movimento será de grandes proporções. “Essa manifestação vai ser realmente grande, mas é produto das redes sociais, de vários setores da sociedade, independentes uns dos outros, por motivos diferentes. E totalmente independente dos partidos”.