A violência contra a mulher que ainda perdura no estado, vitimou 6 mulheres em menos de 42 dias.
Por Iara Nóbrega;
Jornalista –DRT-PE 1405;
11/02/2019 17h54.
Jornalista –DRT-PE 1405;
11/02/2019 17h54.
É fundamental, discorrer sobre a violência contra a mulher, uma vez que, esses sistemas de símbolos e práticas, são reproduzidos diariamente e já estão naturalizados, mesmo diante dos avanços da legislação que buscam frear as mortes de milhares de mulheres ao longo dos anos.
“Sem dúvidas que a questão passa pela cultura machista e de ausência de voz das mulheres vítimas de violência doméstica. Acredito que seja um enfoque muito complexo de ser trabalhado, devendo passar pela história e pela cultura de opressão que sempre vivenciou as mulheres. Na maioria dos casos (não possuo informações concretas), as vítimas já devem vir passando por um histórico de opressão e violência, mas tem medo de denunciar e procurar as
autoridades locais”, relata Julio Costa, Diretor da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa.
autoridades locais”, relata Julio Costa, Diretor da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa.
Entre o dia 1° de janeiro a 11 de fevereiro de 2019, 06 mulheres foram assassinadas no Rio Grande do Norte. No ano passado, uma morte de mulher foi registrada, o que representa um aumento de 500% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com os dados do Observatório da Violência do Rio Grande do Norte – OBVIO.
Segundo Julio Costa, “a polícia tem focado na investigação dos casos que ocorrem na Capital e feito o controle das ocorrências do Interior do Estado. Todos os inquéritos foram remetidos ao Judiciário com elucidação e com os seus autores presos, exceto o caso de Caicó, cujo agente acha-se foragido”, afirma o diretor.
A denúncia é uma das formas de evitar o feminicídio, pois se ele acontece e continua perdurando, significa que o Estado, as legislações e as políticas públicas ainda são ineficientes e falhas, para se evitar o feminicídio é necessário transcender os saberes e refletir para além do fato das mortes violentas de mulheres. Nesse ínterim, buscar alternativas e ações que causem impactos nas estruturas sociais, em que as gerações futuras, posam compreender que as desigualdades entre os papeis masculino e feminino, não podem ser naturalizadas e entendidas como verdades absolutas. As diferenças entre e gênero devem agregar e fortalecer a construção de uma sociedade mais justa, com vistas a emancipação humana.
Parem de nos culpar, parem de nos matar. Queremos o direito de viver!!