
"Foi ele que mandou a proposta de R$ 2 bilhões. E agora quer vetar?", reclamou Rodrigo Maia nesta quinta-feira (19). Segundo ele, o Congresso tem um "arsenal" caso Bolsonaro vete os recursos para as campanhas eleitorais do próximo ano. "Não fizemos, nem queremos fazer isso. Mas se ele quer jogar pra sociedade, também podemos jogar. Esse jogo traz insegurança", ressaltou o presidente da Câmara, que falou sobre o fundo eleitoral ao fazer um balanço sobre o ano da política brasileira para a imprensa nesta manhã.
Apesar dessa ameaça, Rodrigo Maia considera que a relação do governo com o Congresso melhorou no segundo semestre e hoje pode ser considerada boa. "O Palácio passou a ser menos agressivo com o Parlamento. Passou a pedir em vez de cobrar", avaliou.
Fundo eleitoral
O fundo eleitoral vem criando atritos entre o Legislativo e o Executivo desde que um grupo de partidos políticos tentou inflar o valor do fundão. A ideia era ampliar os repasses destinados ao financiamento da campanha municipal do próximo ano de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões.
A proposta, porém, foi criticada pela sociedade civil e até por alguns parlamentares. Afinal, o fundão é bancado pelo Orçamento do governo federal e teria que tirar recursos de áreas prioritárias como o Ministério da Saúde para poder chegar aos R$ 3,8 bilhões.