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Senador acreano José Kairala é amparado por colegas do Senado depois de receber tiro | Agência O Globo/04-12-1963 |
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Silvestre Péricles é retirado do plenário do Senado após tiros de Afonso de Melo | Agência O Globo/04-12-1963 |
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De acordo com a reportagem do GLOBO, Kairala chegou ao hospital às 15h45, quando foi levado para o centro cirúrgico. Vítima de hemorragia interna, recebeu diversas transfusões de sangue, totalizando 16 litros, que acabaram com o estoque de plasma da unidade. Morreu às 20h05, durante a cirurgia. Diversos colegas do senador e deputados visitaram o hospital naquela noite e fizeram doações de sangue. O ministro da Justiça, Abelardo Jurema, esteve no local, representando o então presidente do Brasil, João Goulart.
Questionado, o Senado informou pela assessoria de imprensa que "atualmente há controles de entrada para a detecção de armas e, portanto, não é possível entrar no plenário armado".
BANGUE-BANGUE NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Menos de cinco anos depos, em 8 de junho de 1967, o Congresso foi cenário de outro tiroteio, este na Câmara dos Deputados. Alguns dias antes, os parlamentares Nelson Carneiro (MDB-RJ) e Estácio Souto Maior (MDB-PE), pai do piloto Nelson Piquet, bateram boca no plenário por causa da disputa pela presidência da União Parlamentar. Souto Maior deu um tapa em Nelson. O deputado do Rio de Janeiro revidou depois, quando encontrou Souto Maior no hall da Câmara e disparou um tiro contra o parlamentar pernambucano. Souto Maior caiu ferido, mas conseguiu tomar a arma e, mesmo no chão, atirou no rival político, que conseguiu se esquivar. No processo gerado após o episódio, ambos foram absolvidos.
Um outro caso de tiros no Congresso aconteceu quando a capital do Brasil ainda era o Rio de Janeiro. Em 26 de dezembro de 1929, o deputado gaúcho Ildefonso Simões Lopes matou o rival e também parlamentar Manoel Francisco de Sousa Filho, natural de Pernambuco. Após um discurso de Simões Lopes, ele e o adversário começaram a discutir. A desavença virou confronto físico e, no meio da confusão, o deputado do Rio Grande do Sul atirou contra o nordestino. Depois da morte de Sousa Filho, o autor do disparo alegou que puxou o gatilho pensando que o parlamentar pernambucano tentou matar seu filho, que o acompanhava no plenário. No processo judicial aberto após o caso, o político gaúcho foi absolvido.
Fonte:blogs.oglobo.globo.com
Fonte:blogs.oglobo.globo.com