“A gente acredita que isso está bastante relacionado tanto a uma sensação de insegurança das pessoas e uma dificuldade de ver respostas efetivas do Estado, mas, principalmente, à maior difusão de um discurso um pouco fácil de que é só comprar uma arma e todos os seus problemas estarão resolvidos”, destaca a coordenadora de Projetos do Instituto Sou da Paz, Natália Pollachi.
Segundo ela, as estatísticas mostram que, em geral, as pessoas não conseguem reagir de modo a evitar o assalto ou balear o assaltante. “A tentativa de reação aumenta a gravidade do fato. O que poderia ser um roubo à mão armada pode se tornar um latrocínio”, ressalta. “A chance de a pessoa conseguir reagir armado é tão pequena que é muito mais provável que essa arma acabe sendo mal utilizada, em brigas familiares, em acidentes com crianças, em brigas de trânsito”.