A chegada do capitão, classificado em 69.º na Arma de Artilharia da turma de 1977 da Academia Militar da Agulhas Negras (Aman), reacendeu nos oficiais-generais das três Forças e em pesquisadores acadêmicos temores da volta da política partidária para os quartéis, um dos componentes da instabilidade que marcou a República da proclamação, em 1889, ao fim do regime inaugurado em 1964 com a deposição de João Goulart.
Eis uma das razões pelas quais generais ouvidos pelo Estado – da ativa e da reserva – afirmaram que a administração Bolsonaro não significa a volta dos militares ao poder. “O Exército como instituição não teve candidato. Bolsonaro tem a simpatia de militares pelos valores que representa”, diz o general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa. A fala de Lessa, ex-presidente do Clube Militar, é repetida na ativa.