Depois de muitas manobras e protelações, na madrugada desta terça-feira, o Conselho de Ética, finalmente, votou e aprovou por 11 votos a 10, a admissibilidade da representação por quebra de decoro parlamentar - apresentada pelo PSOL e Rede - contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Foram mais de 120 dias para votar apenas o começo do processo. E apesar de todo o empenho de Cunha e sua tropa de choque para impedir os trabalhos do Conselho com adiamentos, substituição de membros, pedido de vistas e votações anuladas, as investigações vão continuar.
Para Ivan Valente, líder do PSOL, a situação de Cunha é irreversível, visto que há um conjunto de provas consistentes que, certamente, levarão à cassação de seu mandato. "Além das contas na Suíça, das inúmeras delações e de ter mentido na CPI da Petrobras, aberto o processo, várias outras provas poderão ser reunidas e apresentadas".
