Realização Luck Entretenimento

sexta-feira, 26 de abril de 2019

INVESTIGATIVO - Carlos Bolsonaro empregou idosa que nega ter trabalhado para vereador.


Resultado de imagem para detetive

Pouco mais de 50 km separam a Câmara Municipal do Rio de Janeiro da pacata cidade de Magé, na região metropolitana da capital fluminense. Lá mora Nadir Barbosa Goes, 70, que até janeiro figurava na lista de assessores do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Nadir recebia, como oficial de gabinete, uma remuneração de R$ 4.271 mensais.

Folha procurou a ex-funcionária, que não quis responder quais atividades desempenhava. Somente afirmou que nunca trabalhou para o filho do presidente. Ao final da ligação, disse: “Fala com o vereador que eu não sei de nada”.

No início do ano, assim que o pai assumiu o Palácio do Planalto, Carlos fez uma limpeza em seu gabinete na Câmara. De janeiro a fevereiro, exonerou nove funcionários.

Nadir está entre eles. Ela é irmã do militar Edir Barbosa Goes, 71, assessor atual de Carlos Bolsonaro. A esposa dele, Neula de Carvalho Goes, 66, também foi exonerada pelo vereador logo após a posse do pai de Carlos na Presidência da República.

A carga horária prevista para assessores comissionados da Câmara Municipal do Rio é de seis horas diárias, que não precisam ser cumpridas no espaço físico da Casa. Esses funcionários não batem ponto e têm a frequência assinada pelo próprio vereador.

As contas de luz de Nadir indicam que ela morava na cidade ao mesmo tempo em que esteve lotada no gabinete de Carlos na Câmara do Rio. Em Magé, uma sobrinha afirmou que Nadir mora há cerca de dez anos no local e que não costuma ir à capital.

À reportagem o chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes, negou que Nadir recebesse salário sem prestar serviços. Ele disse que Nadir, Neula e outras duas funcionárias exoneradas por Carlos trabalhavam em um núcleo chefiado por Edir, o militar irmão de Nadir.