Realização Luck Entretenimento

terça-feira, 12 de junho de 2012

BLOGUEIRO ALCIMAR, RELATA O REAL ESPÍRITO DO ROCK AND ROLL


O PODER DO ROCK

sábado, 9 de junho de 2012

 

Hoje à noite, os jardinenses amantes do bom e velho rock’n’roll certamente prestigiarão o Rock in Jardim, que se realizará na quadra de esportes Ernesto Pereira da Costa. Parabenizo os organizadores e patrocinadores do evento. Felizmente, ainda há pessoas que tentam fugir do forró escatológico e do sertanejo chamado “universitário” (nem sei por que o chamam assim, dado o extremo mau gosto das letras).

O rock, ao longo dos tempos, transformou-se num poderoso veículo de lutas e de contestação. Desde o surgimento com Elvis Presley, passando pelos Beatles e chegando ao U2, os roqueiros, à sua maneira, falaram diretamente aos jovens, tocando fundo em seus corações e mentes. Criou-se um novo estilo de vida, que, nos anos 60 e 70 do século passado, flertou perigosamente com a promiscuidade sexual e o consumo de drogas ilícitas.

Advém daí a equivocada associação que ainda hoje se faz entre roqueiros e drogados. Quem pensa assim desconhece a história do rock e também do mundo. No início dos anos de 1980, com a descoberta da AIDS, o velho lema “sexo, drogas e rock’n’roll” perdeu força. O movimento New Wave deu um novo rumo ao rock, com letras mais românticas e batidas mais lentas. O roqueiro típico, na época, namorava firme e consumia apenas drogas lícitas, como álcool e tabaco. Ficara para trás o desejo de viver rápida e alucinadamente.

Acompanhei de perto essa fase do rock. Tive a grande sorte de, durante a adolescência, assistir ao surgimento de excelentes bandas de rock nacionais, das quais sou fã até hoje. Ainda que, ocasionalmente, alguma música boba fizesse sucesso (“Serão Extra”, do Dr. Silvana & Cia, e “Ursinho Blau Blau”, do Absyntho), costumávamos ouvir composições de gosto apurado. Quem viveu aquela época formou sua personalidade ao som do lirismo da Legião Urbana, da irreverência do Ultraje a Rigor, da contestação dos Titãs, do ecletismo dos Paralamas do Sucesso, da vibração do RPM.

Aprendia-se muita coisa nas letras de rock: a confiar em si mesmo (“Tempo Perdido”, do Legião Urbana), a não julgar os outros pelas aparências (“Óculos”, do Paralamas do Sucesso, e “Timidez”, do Biquíni Cavadão), a contestar a classe política (“Inútil”, do Ultraje a Rigor, e “Alvorada Voraz”, do RPM), a lutar por uma vida melhor (“Comida”, dos Titãs), a dar o devido valor às mulheres (“Exagerado”, de Cazuza).

Perceba, caro leitor, o quanto são injustas as críticas direcionadas aos amantes do rock. Os roqueiros, já há bastante tempo, não mais se autodestroem, a exemplo do que fizeram Janis Joplin, Jimmy Hendrix e Jim Morrison. O Rock in Jardim, pois, é mais uma celebração à vida, um tributo àqueles que fazem deste mundo um lugar melhor e ainda não desistiram de lutar pelo bem de todos. Quem puder participar do evento, certamente, lembrar-se-á da noite de hoje por toda a vida.
VITO D´LUCK: QUERO AQUI DEIXAR REGISTRADO, MEU IMENSO AGRADECIMENTO Á ESSA MATÉRIA, QUE É DE UMA REALIDADE, QUE AINDA VIVE CRAVADA EM MUITOS CORAÇÕES, NÃO SÓ SE FALANDO  DE NÓS, SAUDOSISTAS, MAIS SIM DE UMA GALERA QUE NECESSITA DE UMA REALIDADE QUE AINDA VIVE EM NOSSAS RUAS , EM NOSSAS ESQUINAS, EM NOSSAS ESCOLAS E QUE DE UM JEITO OU DE OUTRO, O SISTEMA VEM CONSEGUINDO ESCONDER, ATRAVÉS DE OUTROS RITMOS, OU DEIXANDO TUDO MAIS COLORIDO, PARA CEGAR E OBSTRUIR AS MENTES DE NOSSA JUVENTUDE, PARABÉNS ALCIMAR E OBRIGADO PELO APOIO.