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quinta-feira, 10 de maio de 2018

HISTÓRIA DA DITADURA - Geisel pediu a Figueiredo para matar subversivos perigosos


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Documentos secretos desclassificados pelo Departamento de Estado norte-americano revelam que o general Ernesto Geisel, ao assumir o governo, decidiu manter a política de execuções de subversivos de seu antecessor, Médici. Mas com cautela.
A informação consta de um memorando do então chefe da CIA, William Colby, para o secretário de Estado, Henry Kissinger.
Colby fala de um encontro, em 30 de março de 1974, entre Geisel e os generais Milton Tavares e Danton Avelino – que se revezaram no comando do Centro de Informações do Exército (CIE). Também estava presente João Baptista Figueiredo, então chefe do SNI.
Miltinho fez um balanço das atividades do CIE contra a subversão comunista na gestão do general Emilio Garrastazu Médici. Pelo menos 104 subversivos haviam sido executados pelo CIE em pouco mais de um ano.
Segundo ele, “o Brasil não poderia ignorar a ameaça terrorista e subversiva e que ‘métodos extralegais’ deveriam continuar sendo empregados”. Figueiredo endossou a posição do colega.
Geisel, por sua vez, comentou sobre a seriedade e os aspectos prejudiciais dessa política e disse que queria refletir sobre o assunto durante o fim de semana, antes de qualquer decisão. No dia 1 de abril, o presidente autorizou Figueiredo a manter as execuções, mas pediu que tomasse mais cuidado para garantir que apenas subversivos perigosos fossem executados.
Os dois concordaram que, quando o CIE prendesse alguém enquadrado nessa categoria, deveria consultar Figueiredo, no SNI, que ficaria responsável pela ordem de execução. Ficou estabelecido ainda que o CIE deveria dedicar-se absolutamente à subversão interna, sob a coordenação geral de Figueiredo.