Realização Luck Entretenimento

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Confira na íntegra a Declaração do ministério da saúde pública de Cuba


Resultado de imagem para Ministério da saúde pública da República de Cuba

O Ministério da saúde pública da República de Cuba, comprometido com os princípios solidários e humanistas que durante 55 anos têm guiado a cooperação médica cubana, participa desde os seus inícios em agosto de 2013 no programa mais médicos para o Brasil. A iniciativa de Dilma Rousseff, nesse momento presidente da República Federativa do Brasil, tinha o nobre propósito de garantir a atenção médica para a maior quantidade da população brasileira, em correspondência com o princípio de cobertura sanitária universal que promove a organização mundial de saúde. A saúde.

Esse programa previu a presença de médicos brasileiros e estrangeiros para trabalhar em áreas pobres e remotas desse país.

A participação cubana no mesmo é realizada através da organização panamericana da saúde e foi distinguido por ocupar vagas não cobertas por médicos brasileiros e nem de outras nacionalidades.

Nestes cinco anos de trabalho, cerca de 20 mil colaboradores cubanos atenderam a 113 milhões 359 mil pacientes, em mais de 3 MIL 600 municípios, chegando a cobrir-se por eles um universo de até 60 Milhões de brasileiros no momento em que constituíam 80 por cento de todos os médicos participantes no programa. Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história.

O trabalho dos médicos cubanos em lugares de pobreza extrema, em favelas do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador da Bahia, nos 34 distritos especiais indígenas, principalmente na Amazônia, foi amplamente reconhecida pelos governos federal, estaduais. E Municipais desse país e pela sua população, que lhe concedeu um 95 por cento de aceitação, segundo estudo encomendado pelo ministério da saúde do Brasil para a Universidade Federal de Minas Gerais.

No dia 27 de setembro de 2016 o ministério da saúde pública, em declaração oficial, informou próximo à data de vencimento da convenção e no meio dos acontecimentos em torno do golpe de estado legislativo judiciário contra a presidente Dilma Rousseff que Cuba. "continuará a participar do acordo com a organização pan-Americana da saúde para a aplicação do programa mais médicos, enquanto se mantiverem as garantias oferecidas pelas autoridades locais", o que foi respeitado até este momento.

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, malvadas e ameaçadores à presença dos nossos médicos, declarou e reiterado que irá modificar termos e condições do programa mais médicos, com desrespeito à organização panamericana da saúde e ao combinado. Por esta com Cuba, ao questionar a preparação dos nossos médicos e condicionar a sua permanência no programa à reválida do título e como única via a contratação individual.

As modificações anunciadas impõem condições inaceitáveis e desrespeitam as garantias acordadas desde o início do programa, que foram ratificadas no ano de 2016 com a renegociação do termo de cooperação entre a organização pan-Americana da saúde e o ministério da saúde do Brasil e a convenção. De cooperação entre a organização pan-Americana da saúde e o ministério da saúde pública de Cuba. Estas inadmissíveis condições tornam impossível manter a presença de profissionais cubanos no programa.

Por isso, diante desta lamentável realidade, o ministério da saúde pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa mais médicos e assim o comunicou à diretora da organização panamericana da saúde e aos líderes políticos brasileiros que a senhora deputada. Fundaram e defenderam esta iniciativa.

Não é aceitável que se questione a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de suas famílias, prestam atualmente serviços em 67 países. Em 55 anos foram cumpridas 600 mil missões internacionalistas em 164 nações, nas quais participaram mais de 400 mil trabalhadores da saúde, que em não poucos casos cumpriram esta honrosa tarefa em mais de uma vez. Ocasião. Destacam-se as façanhas da luta contra o ebola na África, a cegueira na América Latina e o Caribe, a cólera no Haiti e a participação de 26 brigadas do contingente internacional de médicos especializados em desastres e grandes epidemias "Henry reve" em Paquistão, Indonésia, México, Equador, Peru, Chile e Venezuela, entre outros países.

Na esmagadora maioria das missões cumpridas as despesas têm sido assumidas pelo governo cubano. Igualmente, em Cuba foram formados de forma gratuita 35 mil 613 profissionais da saúde de 138 países, como expressão de nossa vocação solidária e internacionalista.

Aos colaboradores tem-se mantido a todo o momento o posto de trabalho e 100 por cento do seu salário em Cuba, com todas as garantias laborais e sociais, como ao resto dos trabalhadores do sistema nacional de saúde.

A experiência do programa mais médicos para o Brasil e a participação cubana no mesmo demonstra que sim pode-se estruturar um programa de cooperação sul-Sul sob o patrocínio da organização panamericana da saúde, para impulsionar seus objetivos em nossa região. O programa das nações unidas para o desenvolvimento e a organização mundial da saúde o qualificam como o principal exemplo de boas práticas em cooperação triangular e a implementação da agenda 2030 com os seus objetivos de desenvolvimento sustentável.

Os povos da nossa América e do resto do mundo conhecem que sempre poderão contar com a vocação humanista e solidária dos nossos profissionais.

O povo brasileiro, que fez do programa mais médicos uma conquista social, que confiou desde o primeiro momento nos médicos cubanos, aprecia as suas virtudes e agradece o respeito, sensibilidade e profissionalismo com que lhe atenderam, poderá compreender sobre quem cai a responsabilidade de que Os nossos médicos não possam continuar a prestar a sua contribuição solidária nesse país.

Havana, 14 de novembro de 2018



Ministerio de Salud Pública de Cuba
8 h
Declaración del Ministerio de Salud Pública:
El Ministerio de Salud Pública de la República de Cuba, comprometido con los principios solidarios y humanistas que durante 55 años han guiado la cooperación médica cubana, participa desde sus inicios en agosto de 2013 en el Programa Más Médicos para Brasil. La iniciativa de Dilma Rousseff, en ese momento presidenta de la República Federativa de Brasil, tenía el noble propósito de asegurar la atención médica a la mayor cantidad de la población brasileña, en correspondencia con el principio de cobertura sanitaria universal que promueve la Organización Mundial de la Salud.
Este programa previó la presencia de médicos brasileños y extranjeros para trabajar en zonas pobres y apartadas de ese país.
La participación cubana en el mismo se realiza a través de la Organización Panamericana de la Salud y se ha distinguido por ocupar plazas no cubiertas por médicos brasileños ni de otras nacionalidades.
En estos cinco años de trabajo, cerca de 20 mil colaboradores cubanos atendieron a 113 millones 359 mil pacientes, en más de 3 mil 600 municipios, llegando a cubrirse por ellos un universo de hasta 60 millones de brasileños en el momento en que constituían el 80 por ciento de todos los médicos participantes en el programa. Más de 700 municipios tuvieron un médico por primera vez en la historia.
La labor de los médicos cubanos en lugares de pobreza extrema, en favelas de Río de Janeiro, Sao Paulo, Salvador de Bahía, en los 34 Distritos Especiales Indígenas, sobre todo en la Amazonía, fue ampliamente reconocida por los gobiernos federal, estaduales y municipales de ese país y por su población, que le otorgó un 95 por ciento de aceptación, según estudio encargado por el Ministerio de Salud de Brasil a la Universidad Federal de Minas Gerais.
El 27 de septiembre de 2016 el Ministerio de Salud Pública, en declaración oficial, informó próximo a la fecha de vencimiento del convenio y en medio de los acontecimientos en torno al golpe de estado legislativo judicial contra la presidenta Dilma Rousseff que Cuba “continuará participando en el acuerdo con la Organización Panamericana de la Salud para la aplicación del Programa Más Médicos, mientras se mantengan las garantías ofrecidas por las autoridades locales”, lo cual se ha respetado hasta este momento.
El presidente electo de Brasil, Jair Bolsonaro, con referencias directas, despectivas y amenazantes a la presencia de nuestros médicos, ha declarado y reiterado que modificará términos y condiciones del Programa Más Médicos, con irrespeto a la Organización Panamericana de la Salud y a lo convenido por esta con Cuba, al cuestionar la preparación de nuestros médicos y condicionar su permanencia en el programa a la reválida del título y como única vía la contratación individual.
Las modificaciones anunciadas imponen condiciones inaceptables e incumplen las garantías acordadas desde el inicio del Programa, que fueron ratificadas en el año 2016 con la renegociación del Término de Cooperación entre la Organización Panamericana de la Salud y el Ministerio de Salud de Brasil y el Convenio de Cooperación entre la Organización Panamericana de la Salud y el Ministerio de Salud Pública de Cuba. Estas inadmisibles condiciones hacen imposible mantener la presencia de profesionales cubanos en el Programa.
Por tanto, ante esta lamentable realidad, el Ministerio de Salud Pública de Cuba ha tomado la decisión de no continuar participando en el Programa Más Médicos y así lo ha comunicado a la Directora de la Organización Panamericana de la Salud y a los líderes políticos brasileños que fundaron y defendieron esta iniciativa.
No es aceptable que se cuestione la dignidad, la profesionalidad y el altruismo de los colaboradores cubanos que, con el apoyo de sus familias, prestan actualmente servicios en 67 países. En 55 años se han cumplido 600 mil misiones internacionalistas en 164 naciones, en las que han participado más de 400 mil trabajadores de la salud, que en no pocos casos han cumplido esta honrosa tarea en más de una ocasión. Se destacan las hazañas de la lucha contra el ébola en África, la ceguera en América Latina y el Caribe, el cólera en Haití y la participación de 26 brigadas del Contingente Internacional de Médicos Especializados en Desastres y Grandes Epidemias “Henry Reeve” en Pakistán, Indonesia, México, Ecuador, Perú, Chile y Venezuela, entre otros países.
En la abrumadora mayoría de las misiones cumplidas los gastos han sido asumidos por el gobierno cubano. Igualmente, en Cuba se han formado de manera gratuita 35 mil 613 profesionales de la salud de 138 países, como expresión de nuestra vocación solidaria e internacionalista.
A los colaboradores se les ha mantenido en todo momento el puesto de trabajo y el 100 por ciento de su salario en Cuba, con todas las garantías laborales y sociales, como al resto de los trabajadores del Sistema Nacional de Salud.
La experiencia del Programa Más Médicos para Brasil y la participación cubana en el mismo demuestra que sí se puede estructurar un programa de cooperación Sur-Sur bajo el auspicio de la Organización Panamericana de la Salud, para impulsar sus metas en nuestra región. El Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo y la Organización Mundial de la Salud lo califican como el principal ejemplo de buenas prácticas en cooperación triangular y la implementación de la Agenda 2030 con sus Objetivos de Desarrollo Sostenible.
Los pueblos de Nuestra América y del resto del mundo conocen que siempre podrán contar con la vocación humanista y solidaria de nuestros profesionales.
El pueblo brasileño, que hizo del Programa Más Médicos una conquista social, que confió desde el primer momento en los médicos cubanos, aprecia sus virtudes y agradece el respeto, sensibilidad y profesionalidad con que le atendieron, podrá comprender sobre quién cae la responsabilidad de que nuestros médicos no puedan continuar prestando su aporte solidario en ese país.
La Habana, 14 de noviembre de 2018