Chamado de “preenchimento do ponto H”, a técnica é experimental e não é indicada por ao menos uma entidade médica. A aplicação de ácido hialurônico é feita dentro da cavidade vaginal, mais especificamente na parede posterior do canal vaginal. Ou seja, o preenchimento é feito na parte interna, em uma porção oposta ao local onde é popularmente indicado como o do ponto G.
Quem realiza o preenchimento do ponto H busca criar dentro do canal vaginal uma saliência, uma região de maior contato com o pênis do parceiro. De acordo com especialistas, não há qualquer recomendação que justifique o uso da substância e os seus efeitos a longo prazo ainda são desconhecidos e podem ser perigosos.
Abaixo, veja o posicionamento da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo):
‘Antiético, imprudente e enganoso’
Lucia Alves da Silva Lara, presidente da Comissão Nacional Especializada em Sexologia da Febrasgo explicou porque considera o procedimento inadequado.
- “É ANTIÉTICO porque não tem comprovação científica”;
- “IMPRUDENTE porque não tem dados de segurança não sendo possível prever os efeitos a longo prazo e suas consequências;
- “ENGANOSO porque promove expectativas com base em resultados falsos derivados do achismo”;
Ela diz ainda que quem realiza o procedimento corre o risco de mutilar a parede vaginal das mulheres para criar o que chamou de “pontos anedóticos”. Ainda assim, não é difícil encontrar ginecologistas e dermatologistas que divulgam o procedimento nas redes sociais.
Em nota, a Febrasgo afirmou que “não recomenda que qualquer procedimento seja realizado na região vulvar ou vaginal com o propósito de aumentar ou estimular o prazer feminino. (…) Da mesma forma, não há dados que justifiquem a introdução de ácido hialurônico na mucosa vaginal para “criação” destes pontos.”
G1