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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Com 8 nomes e 1 sobrenome, dona de casa do ES tenta mudar registro

Uma dona de casa de 31 anos, moradora de Planalto Serrano, na Serra, Grande Vitória, passa por problemas desde criança devido ao seu registro inusitado, com oito nomes e um sobrenome. Talita Zoraide Kiyoko Domenica Monaliza Ericleia Anastacia Josefina Galdino conta que sempre foi alvo de brincadeiras e piadas. Ela busca, junto à Defensoria Pública do município, eliminar seis dos oito nomes que constam em seus documentos.
De acordo com Talita, no momento do registro, seu pai quis fazer uma homenagem a uma tia, às avós e a uma prima, além de incluir nomes de que ele gostava. "Minha mãe não teve escolha. Meu pai chegou com a certidão no hospital e nem perguntou para ela se queria esse nome ou não", contou.
A dona de casa disse, ainda, que só conseguiu escrever o nome aos 9 anos de idade e ficava dentro do quarto, decorando para não errar. "Enfrentei muitos problemas por causa do meu nome e, por isso, quero mudar e fica apenas com Talita Zoraide. Isso vai melhorar minha vida e também a dos meus filhos", disse.
Entre os problemas enfrentados, Talita lembra de quando foi abrir um crediário em uma loja e o caixa chamou o segurança para que a acompanhasse até o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ). "Pediram todos os meus documentos e acharam que eram falsos", declarou.
Troca de nomes
De acordo com o defensor público Hélio Antunes, o primeiro passo para realizar uma troca de nome é procurar a Defensoria Pública do município.
"Dependendo da cidade, o processo pode durar entre seis meses e um ano. É possível mudar o nome, acrescentar um apelido ou suprimir um nome que gere algum tipo de constrangimento", afirmou.
Ainda segundo Antunes, a pessoa precisa comprovar que tenha sofrido algum tipo de constrangimento com o nome.
"A alteração pode ser feita para tirar o nome do ex-marido, corrigir erros de grafia e principalmente para evitar constragimentos, mas é preciso ter atenção. É uma decisão muito séria", disse Hélio. O processo não gera nenhum custo para a pessoa, explica o defensor público.