Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta. Assim como Mandetta, Teich teve discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate à Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
Na defensiva por causa da investigação de suposta interferência política na Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro decidiu forçar a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde para tentar acabar com o isolamento social em junho.
Bolsonaro se convenceu, a partir de conversas com sua equipe econômica, que a continuidade do isolamento social para além desse limite causaria um dano muito mais forte à economia – e colocaria em risco o sucesso do restante do mandato.
Isso explica, segundo assessores palacianos, a nova subida de tom do presidente contra as medidas de distanciamento social e a favor do uso da cloroquina já desde os primeiros sintomas de coronavírus. Dentro do Palácio do Planalto, o presidente foi alertado que, neste ritmo, acabaria levando a uma saída de Nelson Teich do governo.