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sexta-feira, 31 de julho de 2020

CURIOSIDADES - Dia Mundial do Orgasmo...



O dia 31 de julho foi escolhido como Dia do Orgasmo por várias redes de sex shops britânicas em 1999. Além de aquecer as vendas, o intuito da ação era colocar em pauta o prazer sexual feminino, já que uma pesquisa da época apontou que mais da metade das mulheres não atingiam o clímax durante o sexo.
Infelizmente, esse dado não é muito diferente atualmente. De acordo com uma pesquisa da Archives of Sexual Behaviors, publicada em novembro de 2019, 60% das mulheres em relacionamentos heterrosexuais fingem o orgasmo. Dessas, 55% afirmam que a prática é frequente e por motivos variados, como cansaço, vontade de terminar logo a relação sexual, disfarçar a insegurança ou medo de não chegar a um orgasmo e aumentar a excitação dos parceiros.
Já um estudo do departamento de Transtornos Sexuais Dolorosos Femininos da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 55% das brasileiras não têm orgasmos durante o sexo.
A razão desse comportamento está bem longe dos estigmas de que mulheres não gostam de sexo. Segundo Jordana, o fato é que tabus e mitos, além repressão histórica em se falar mais abertamente sobre sexo entre as mulheres, as impediram de se autoconhecer. Dessa forma, elas dificilmente conhecem os próprios gostos e formas de alcançar o prazer sexual.
Ao mesmo tempo, homens também têm uma concepção equivocada do que é o orgasmo e como podem atingi-lo. Como explica Renata, muitos acreditam que o orgasmo é o mesmo que ejacular, quando na realidade homens podem ter “orgasmos secos”. “Para um homem ter múltiplos orgasmos, ele precisa aprender a ter controle de ejaculação. Não necessariamente é um problema, mas a pessoa pode melhorar muito sua performance sexual”, comenta.
Por outro lado, apesar de o orgasmo ter um dia só para ele, o sexo não depende dele para ser prazeroso. “Acreditar que uma relação tem que sempre terminar em orgasmo pode acabar trazendo frustrações e tornar aquela relação menos prazerosa do que deveria ser”, alerta Jordana. De acordo com ela, é o ato da entrega e a curtição da intimidade entre os parceiros que torna as relações sexuais mais prazerosas e memoráveis.
“Nós podemos expandir a nossa capacidade de sentir prazer”, concorda Renata. Desde que não seja por algum motivo constante, diz, está tudo bem “brochar”. No entanto, é preciso atentar para as polarizações: mulheres e homens nunca terem orgasmos, homens se sentirem frustrados por não atingir o clímax e mulheres fingindo prazer são situações anormais e que devem ser analisadas.