O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira que a implementação do voto impresso seria um retrocesso que ampliaria os riscos de fraudes e pioraria o processo eleitoral no país. Em audiência na comissão geral da Câmara dos Deputados sobre combate às fake news, voto impresso e sistemas eleitorais, ele voltou a defender que o processo atualmente em vigor, com as urnas eletrônicas, “é seguro, transparente e, acima de tudo, auditável”.
O ministro listou todas as etapas de auditoria a que os equipamentos eletrônicos são submetidos antes do dia das eleições e destacou que, como as urnas não são conectadas à internet, não são passíveis de invasões por hackers. “O tribunal tem participado do debate público no sentido desfavorável ao voto impresso, mas essa é uma decisão política. Agora, se o Congresso Nacional aprovar e o Supremo Tribunal Federal (STF) validar, vai ficar bem pior — parecido com o que era antes”, frisou.