Durante coletiva de imprensa, a delegada-titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Joyce Coelho, disse que as investigações começaram após uma pessoa perceber o estado de desnutrição da criança. "Ela era acorrentada toda a noite pelo pai ou pela madrasta. A criança em oitiva disse que não contou para ninguém, pois tinha medo de apanhar, já que tudo o que fizesse, o seu pai e a madrasta o agrediram.
A criança possui várias marcas pelo corpo e pela cabeça, devido às horas acorrentado e pelas agressões, explicou na entrevista.
No depoimento, tanto o homem de 32 anos e a mulher, de 23, confessaram o crime, que ocorria há alguns meses. "O pai disse que acorrentava o filho, pelo fato da criança urinar na cama da irmã de 2 anos, que é filha do casal e também por tomar o seu iogurte", disse a delegada.
"A madrasta já confessou que não gostava da criança e que queria que a família do marido gostasse de suas filhas", completou Coelho. Além da filha, que tem dois anos, a mulher também tem uma filha de 8. Todos moravam na mesma casa, mas somente o menino era torturado.
O menino foi encaminhado para um abrigo institucional. As outras duas crianças estão sob tutela da avó materna. O casal responderá pelo crime de tortura e foram encaminhados à audiência de custódia na central de recebimento e triagem, onde ficarão a disposição da justiça.
