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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Da dose ao vício: pesquisa com peixe-zebra avalia efeitos do álcool no organismo

Uma taça de bebida alcoólica para o brinde; dois ou três copos para socializar. A sensação de euforia e felicidade pode levar à vontade de repetir a dose por mais dias, até que a continuidade do consumo gera a dependência. Sabe-se que o álcool, droga legalizada tão presente na sociedade, provoca efeitos nocivos se ingerido em excesso – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode causar mais de 200 doenças, inclusive mentais. Porém, um pouco da bebida no organismo traz algum benefício? Quais os principais prejuízos ao corpo humano? Existe uma personalidade mais suscetível ao vício? Há outra substância que pode ser usada para tratar o alcoolismo?
A busca por essas respostas é o grande desafio de uma pesquisa desenvolvida no Fish Lab do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que busca compreender os efeitos do álcool no sistema nervoso por meio das alterações comportamentais identificadas em estudos com o peixe-zebra (Danio rerio). De origem asiática, o zebrafish, também conhecido como paulistinha, é aliado da ciência pela semelhança genética de aproximadamente 70% com os seres humanos, podendo chegar a 90% em algumas linhagens. Essa característica favorece a pesquisa translacional, que tem início na ciência básica e termina na aplicação prática do conhecimento apreendido.