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segunda-feira, 22 de julho de 2019

‘O pai vai deixar?’, questionou Deltan sobre investigação contra Flávio.

Chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnollevantou dúvidas se o presidente Jair Bolsonaro permitiria que um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), fosse investigado no caso das movimentações atípicas na conta de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Em conversas obtidas pelo site The Intercept e divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo, 21, o magistrado afirma que Flávio “certamente será implicado em corrupção”, mas questiona: “Será que o pai vai deixar?”

Os diálogos mostram Dallagnol conversando com o também procurador da operação Roberson Pozzobon em dezembro de 2018 – na época em que vieram a público as movimentações financeiras de Queiroz, incluindo um repasse de 24 mil reais para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Dallagnol e Pozzobon discutem sobre a necessidade ou não de se posicionarem sobre o caso.
 
“Não podemos ficar quietos, mas é neste momento um pouco como com RD [Raquel Dodge, procuradora-geral]. Vamos depender dele pra reformas… Não sei se vale bater mais forte”, diz Deltan Dallagnol. As mensagens aqui são reproduzidas tal como aparecem nas conversas e foram publicadas na Folha de S. Paulo, mantendo eventuais equívocos gramaticais.