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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

MUNDO BIZARRO - ARCEBISPO É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL POR EX-SEMINARISTAS

 

Do UOL, em São Paulo — Quatro ex-seminaristas acusam Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém (PA), de usar seu poder para investidas sexuais não consentidas durante encontros privados. O suposto abuso sexual é alvo de inquérito aberto pela Polícia Civil a pedido do MP-PA (Ministério Público do Pará) e também é investigado pelo Vaticano.

Segundo relatos feitos pelas supostas vítimas ao “Fantástico”, da TV Globo, a casa onde vive Dom Alberto é o lugar onde eles passaram seus piores dias. O arcebispo costumava convidar os seminaristas para visitá-lo — e os jovens, impressionados, se sentiam privilegiados pela oportunidade. Mas foi ali que os abusos teriam acontecido.

“Ele dizia: ‘Quero conversar contigo tal dia, lá em casa’, lembra um ex-seminarista. “Parecia algo inalcançável. ‘Nossa! Eu fui chamado para ir à casa do arcebispo’. Você se sente importante naquele momento”, conta outro.

A pedido das vítimas, que temem sofrer represálias, seus nomes e rostos foram preservados pela reportagem. Assim como o “Fantástico”, o UOL usará letras — que nada têm a ver com as iniciais de cada um — para identificar os ex-seminaristas.

As histórias dos quatro jovens são muito parecidas: eles tinham de 15 a 18 anos quando teriam sofrido os abusos — moral e sexual —, entre 2010 e 2014. Parte dessas acusações já havia sido publicada pelo jornal El País em dezembro.

“Z” conta que conheceu o arcebispo em 2011, quando tinha 15 anos e era coroinha. Depois de uma primeira conversa, Dom Alberto encaminhou “Z” ao seminário menor, para iniciantes, onde ele também cursaria o Ensino Médio. A partir daí, segundo a vítima, eles começaram a se encontrar na casa do arcebispo.

“Era sempre sobre sexualidade”, diz “Z” sobre os encontros no quarto de Dom Alberto. “O primeiro ponto que ele sempre tocava era sobre a masturbação. Era sobre toque, se eu sentia desejo, por quem que eu sentia desejo”.

Os ex-seminaristas dizem que também encontravam o arcebispo na capela, onde a conversa costumava ser sobre vocação religiosa, e na sala, onde o assunto era focado na família e nos estudos.

Quando ele me tocou, na minha parte íntima, disse que aquilo ali era normal, coisa do homem. Mas, assim, eu não via maldade, porque confiei muito, por ele ser uma autoridade, também não tinha experiência. Mas aquilo foi se tornando já permanente e já mais agressivo. Ele já me recebia na porta e já ia logo pegando. “Z”, sobre abusos de Dom Alberto