Diogo Maia deixou claro que o Ministério Público não fará antecipação de julgamento de nenhum profissional e sim investigará e encaminhará os procedimentos para o âmbito criminal, que não se trata da promotoria dele e sim de outra, e tanto para o Conselho Regional de Medicina para investigar se houve algum abuso do profissional denunciado.
Dr. Valdemar não foi ouvido nesta terça-feira, e Diogo Maia não adiantou quando será colhido seu depoimento. Na entrevista à imprensa, o promotor disse que o médico denunciado vinha de um plantão de 72 horas no hospital, fato esse que ele garante ter chamado a atenção da direção da Casa de Saúde.
“O investigado passou por um plantão de 72 horas. É humanamente impossível um profissional passar esse tempo todo em um hospital, sem que haja algum tipo de falha. Eu verifiquei isso e vou conversar com a direção do Hospital para informar da impossibilidade desse fato se repetir. Ninguém consegue passar 72 horas trabalhando seguida, imagine um medico obstetra que está realizando partos e tratando da vida humana no hospital”, disse.
“O primeiro caso que apareceu aqui no Ministério Público foi ainda na sexta-feira, de uma paciente com dois fetos mortos em seu útero, já há três semanas e tive a noticia que acabou de ser feita a curetagem no hospital. Ela vinha a algum tempo buscando e teve um certo desentendimento com um profissional do hospital em relação ao melhor momento adequado para a curetagem. Em seguida, houve esses casos das duas parturientes que tiveram complicações no parto. Uma, o feto nasceu morto e a outra foi encaminhada para o Hospital de Currais Novos, e a criança veio a óbito”, disse Diogo Maia.
Diogo Maia acredita que na próxima semana terá concluído toda a oitiva de depoimentos sobre o caso e remeterá aos órgãos que continuarão com as investigações.