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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O CARROSSEL DOS CORRUPTOS - Onyx tem minha confiança pessoal, diz Moro

O ex-juiz Sergio Moro, durante entrevista coletiva no CCBB Foto: Evaristo Sá / AFP
O  ex-juiz Sergio Moro, durante entrevista coletiva no CCBB Foto: Evaristo Sá / AFP
 O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou que o seu futuro colega de ministério Onyx Lorenzoni (Casa Civil) tem sua "confiança pessoal". A declaração foi feita em um questionamento ao fato de o ministro Edson Fachin ter aberto no Supremo Tribunal Federal.

Moro ponderou que as perguntas específicas sobre o processo deveriam ser encaminhadas ao futuro ministro da Casa Civil, mas destacou o trabalho dele como relator do projeto das 10 Medidas Contra a Corrupção, proposto pelo Ministério Público e que acabou desfigurado pelo Congresso.

— O que eu tenho, a presente, do ministro Onyx, e isso eu assisti de perto, foi o grande esforço que ele realizou para aprovar as 10 medidas do Ministério Público, ocasião na qual ele foi abandonado pela grande maioria dos seus pares, por razões que não vem aqui ao caso. Mas ele demonstrou naquela oportunidade o comprometimento pessoal, com custo político significativo, para a causa anticorrupção. Então, ele tem a minha confiança pessoal — disse Moro.

Um dos fatos sob apuração no Supremo já foi admitido por Onyx. Ele confessou ter recebido R$ 100 mil de  caixa dois da JBS em 2014. Os delatores do grupo empresarial, porém, entregaram uma outra planilha na qual há o registro de mais R$ 100 mil que teriam sido repassados a Onyx em 2012, o que ele nega. A apuração foi aberta a pedido da procuradora-Geral da República, Raquel Dodge.


Em relação ao julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), baseado na nomeação de Moro no ministério e que será analisado nesta terça, ele disse que essa questão faz parte do "passado".
— A questão relativa ao ex-presidente Lula pertence à Justiça, não ao ministério, isso faz parte do meu passado e não tenho nenhum comentário a respeito.
Mais tarde, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, ao sair de reuniões no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que não sabia da abertura da investigação, mas disse que não está preocupado. De acordo com Bolsonaro, providências serão tomadas caso haja uma "acusação robusta".
— Eu não vi ainda. Estava reunido até agora. Abriu? Nada preocupa. E havendo qualquer acusação robusta de irregularidade, como acertado com o ministro Moro, tomaremos providência.