Bisavó enterra criança viva no quintal de casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense
Policiais militares do Batalhão de Mesquita (20º BPM), na Baixada Fluminense, foram acionados nesta quarta-feira para socorrer um bebê em Nova Iguaçu, depois que a bisavó dele, Maria da Salete Ramos, de 60 anos, enterrou a criança viva no quintal de casa. Segundo a PM, a mulher agrediu Igor Fraga do Nascimento, de apenas um mês, cavou um buraco e enterrou o bebê. A mãe da criança, uma adolescente de 14 anos, deu falta do filho e conseguiu salvá-lo.
Maria da Salete, que estava aparentemente alcoolizada, contou na delegacia de Comendador Soares, em Nova Iguaçu, que ouviu uma voz que a deixou atordoada. Com isso, ela resolveu se livrar do menino. A tia-avó de Igor, Elizete Fraga, contou como a família descobriu que o bebê estava enterrado.
— Vimos o bebê no quintal e a Maria de Salete disse que estava plantando tomate. Ele estava respirando bem fraco e todo roxo. Tiramos o Igor de lá e levamos para o hospital — afirmou Elizete. — Ela já tinha agredido meu filho, que é especial, mas a gente não imaginava que faria isso com um recém-nascido. A mãe do Igor já sabia que ela era doente — completou.
A avó de do bebê, Arlete Areias Fraga, contou que a bisavó de Igor toma remédios controlados e é alcoólatra. Ela afirmou que tomou a iniciativa de chamar a polícia para prender a própria mãe.
— Eu liguei para o 190 [telefone da polícia]. É minha própria mãe, mas é crime. Eu quero justiça — disse Arlete.
Igor foi levado para o Hospital da Posse, também em Nova Iguaçu, onde está internado na UTI infantil em estado grave.
Idoso é preso suspeito de estuprar 4 meninas em creche clandestina
Um homem de 60 anos foi preso nesta quinta-feira (3) em Jataí, no sudoeste do estado, suspeito de abusar sexualmente de quatro menores. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas são meninas com idades entre 4 e 13 anos, que ficavam sob os cuidados da mulher do idoso. Ela mantinha uma creche clandestina na casa em que o casal mora, no Jardim Rio Claro.
A denúncia sobre o caso partiu da mãe de uma das vítimas, que é vizinha do casal, informou ao G1 a delegada Paula Meotti, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e pela Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) de Jataí. “A mulher nos procurou e relatou sobre o abuso. Ela disse que a criança não estava mais frequentando a creche, mas que deixou a menina ir até o local e notou que ela apresentou dores ao urinar. Questionada, a criança de quatro anos contou o que havia acontecido", explicou.
Apesar de não ter sido consumada a relação sexual, o suspeito teria passado a mão no corpo da criança e tocado nas suas partes íntimas. "Isso já configura o crime de estupro”, ressaltou a delegada.
Segundo a investigação, o homem teve acesso às demais vítimas na própria casa, onde a mulher cuidava dos menores. “Ela nos contou que cuidava de crianças no bairro havia 12 anos e recebia por isso, mas a atividade nunca foi legalizada. Nesse período, ela cuidou de dez menores, com idades variadas. Há cerca de 30 dias a esposa teria informado aos pais que deixaria de prestar os serviços, sem especificar os motivos”, disse Paula. Segundo a delegada, a suspeita é de que o homem praticava os abusos há mais de quatro anos.
As investigações sobre o caso começaram há duas semanas. A polícia pediu e a Justiça concedeu um mandado de prisão preventiva para o suspeito. "O localizamos hoje [quinta-feira] nas proximidades da casa onde mora e teria praticado os estupros. Ao ser informado que seria levado à delegacia, ele se mostrou surpreso, mas deu indícios de que tinha algo a esconder”, relatou a delegada.
Em depoimento à polícia, o suspeito negou os crimes e pediu a presença de um advogado. O homem também contou que foi submetido a uma cirurgia há alguns anos e que, desde então, teria passado a consumir bebidas alcoólicas com frequência. "Isso em uma tentativa de justificar as ações criminosas", disse Paula.
A mulher dele também foi ouvida e disse à polícia que o marido não tem qualquer participação nos crimes. Segundo ela, o companheiro sempre teve uma conduta exemplar e nunca demonstrou qualquer atitude suspeita em relação às crianças. De acordo com a delegada, a princípio, a esposa foi ouvida e liberada. No entanto, a polícia vai investigar se ela tinha conhecimento sobre os abusos.
Até agora quatro menores e seus responsáveis foram ouvidos pela polícia e contaram versões semelhantes sobre os estupros. Eles foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames. “Os laudos ainda não ficaram prontos, mas suspeitamos que outras vítimas ainda irão aparecer após a divulgação do caso”, afirmou a delegada.
O homem foi indiciado por estupro de vulnerável e encaminhado para o presídio de Jataí. Se condenado, pode pegar pena que varia entre oito a 15 anos de reclusão, segundo a polícia.