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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Secretaria de Estado da Saúde Pública distribui preservativos femininos para todo o RN


A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) já recebeu do Ministério da Saúde (MS) o segundo lote de um total de 65 mil camisinhas femininas da terceira geração, com distribuição para todo o Rio Grande do Norte. Desse total, a cidade de Natal está recebendo 48 mil preservativos.
Fabricados com borracha nitrílica, que proporciona mais conforto e aceitabilidade, os preservativos foram comprados pelo Ministério da Saúde como estratégia de ampliação das opções de proteção das mulheres contra as epidemias de HIV/Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
A distribuição das camisinhas para a população feminina será feita nos postos de saúde, prioritariamente, de acordo com critérios de vulnerabilidade. Terão direito a receber o preservativo os grupos de mulheres que são atendidas pela Rede Básica da Saúde, as portadoras de Aids, as atendidas pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), as que forem atendidas pelo sistema prisional, profissionais do sexo feminino e usuárias de drogas.
A camisinha feminina ainda enfrenta muita resistência entre as mulheres, que estão acostumadas a destinar ao homem a responsabilidade da prevenção. "Esperamos que agora possamos mudar essa resistência cultural que o preservativo para mulheres ainda encontra na sociedade", observa Francimar Rocha, do Programa Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais da Sesap. Ela explica que o conforto propiciado pela nova tecnologia usada nos preservativos de terceira geração contribui para a quebra das barreiras ao uso.
O preservativo feminino chegou ao Brasil em 1997, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou sua comercialização. Desde então o Ministério da Saúde já adquiriu e distribuiu cerca de 16 milhões de preservativos para as 27 unidades da federação. A nova compra desse insumo é maior do que todas as que já haviam sido feitas pelo MS.
A Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP), realizada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do MS, em 2008, mostrou que cerca de 90% das mulheres sexualmente ativas conhece ou pelo menos já ouviu falar da camisinha feminina. Se em 2005, apenas 4% das mulheres afirmava ter experimentado o insumo, em 2009, esse número subiu para 9%, o que significa um aumento de 100% da disseminação do acesso ao preservativo.  
Marcelo Abdom