Os cinco agentes da Polícia Civil responsáveis pela morte, em junho de 2005, do então prefeito de Grossos João Dehon “Caenga” da Costa Neto e de seu motorista Márcio Sander Martins foram condenados pelo júri popular por homicídio duplamente qualificado.
Com um julgamento que durou pouco mais de 20 horas e foi encerrado durante as primeiras horas desta quinta-feira (1), João Maria Xavier Gonçalves, João Feitosa Neto, Newton Brasil de Araújo Júnior, Railson Sérgio Dantas da Silva e José Wellington de Souza – todos membros da Delegacia Especializada em Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) na época do crime – foram imputados a penas entre 17 anos e quatro meses e 17 anos e seis meses.
O júri dos policiais envolvidos na operação desastrosa aconteceu pouco mais de dez anos após o crime. Os homicídios aconteceram durante uma operação realizada pela Polícia Civil na BR 101, na altura do município de Santa Maria.
Os agentes buscavam um suposto criminoso quando confundiram o carro do prefeito com um veículo que estaria o assaltante. A caminhonete foi alto de dezenas de tiros de pistola e fuzil; apenas Dehon Caenga foi atingido com 19 disparos. O fato aconteceu na noite de 23 de junho de 2005. O prefeito João Dehon e sua comitiva retornavam de Natal para Grossos. Eles foram interceptados na BR-304, na altura de Santa Maria, por um veículo descaracterizado.